Júris das Mostras Competitivas
Júri Oficial
Mostra Internacional Washington Novaes
Maria Esperança Pascoal
Realizadora, videasta e roteirista, Pocas Pascoal nasceu em Luanda onde se formou em artes visuais e tornou-se a primeira operadora de câmera de Angola, aos 20 anos. Na França, graduou-se em edição pelo CLCF. Em 1998, dirigiu seu primeiro curta-metragem, Pour Nous. Em 2002, foi nomeada artista fotógrafa na Cité Internationale des Arts e participou de várias exposições coletivas como na Bienal de Havana, Bienal de Arquitetura de Bordeaux, Trienal de Luanda e Feira de Arte Vegetal em Paris. Seguiram-se outros dois documentários: Memórias de Infância, em 2002 e Há Sempre Alguém que Te Ama, em 2004. Em 2008, dedicou-se à ficção com o curta “Demain Sera Diferente”. Com base em sua experiência pessoal, dirigiu o longa-metragem Alda e Maria, em 2012. Com este filme, exibido no Festival de Cinema de Locarno, Pocas Pascoal conquistou sete prêmios internacionais. Em 2021, realizou o telefilme A Palavra Mágica para a RTP (Portugal) e o documentário Sopro, que ganhou o prêmio Árvore da Vida de melhor filme português no festival IndieLisboa 2021. Em 2022, foi convidada a criar uma vídeo-instalação para o Museu de História Natural de Lisboa, invocando um diálogo entre os fenômenos naturais atuais, a destruição dos ecossistemas e a história colonial. Atualmente, está em pós-produção do seu longa-metragem Menina e em desenvolvimento do longa-metragem Sarah Maldoror.
Jorge Pérez
Realizador audiovisual, formou-se com louvor pela Universidade de Magdalena (Colômbia) no programa Cinema e Audiovisuais. Seu trabalho foca o desenvolvimento de obras cinematográficas de sentido sociocultural com enfoque afro, uma delas, seu trabalho de graduação Lumbalú; Agonía, já representou a Colômbia em festivais internacionais realizados nos Estados Unidos, Canadá, Brasil, Alemanha, Reino Unido, Itália e Uruguai, recebendo prêmios nos três últimos. Particiou como painelista convidado pelo Ministério da Cultura da Colômbia do evento Cinema: Afro-Colombianidade, representação e participação e para o Encontro de cineastas afro-colombianos e indígenas: narrando com e a partir de territórios étnicos, realizado no 61º Festival Internacional de Cartagena FICCI . Executou com sucesso o projeto “Produção Cinematográfica Etnopedagógica para Tornar Visíveis as Contribuições das Comunidades Negras” com os alunos da Instituição Educacional Paulino Salgado do Bairro Nueva Colômbia em Barranquilla, no qual compartilhou seus conhecimentos com os jovens em oficinas teóricas sobre produção de cinema e a importância de tornar a cultura visível através desta arte. Atualmente desenvolve seu primeiro longa-metragem, que será baseado em seu curta-metragem, Lumbalú; Agonia.
Lidiana Reis
É coordenadora do Mercado SAPI e idealizadora do Prêmio CORA, que visa o desenvolvimento de projetos realizados por mulheres do centro-oeste brasileiro. Como produtora realizou cinco longas-metragens: O documentário: Paulistas (2017) e as ficções: Alaska (2019), Hotel Mundial (2019), Oeste Outra Vez (2024) e Vento Seco (2020), que teve sua estreia no 70º Festival de Berlim. É mentora de projetos audiovisuais em desenvolvimento e idealizadora de iniciativas que unem formação audiovisual e educação ambiental para crianças e adolescentes, como o Cine Arandu, realizado em Pirenópolis-GO.
Daniel Munduruku
Escritor e professor paraense, pertencente ao povo indígena Munduruku. Autor de 65 livros publicados por diversas editoras no Brasil e no exterior, a maioria classificados como literatura infanto-juvenil e paradidáticos. É Graduado em Filosofia e tem licenciatura em História e Psicologia. Tem Mestrado e Doutorado em Educação pela USP – Universidade de São Paulo e Pós-Doutorado em Linguística pela Universidade Federal de São Carlos – UFSCar.
Já recebeu vários prêmios nacionais e internacionais por sua obra literária: Prêmio Jabuti CBL – Câmara Brasileira Do Livro (2004 e 2017); Prêmio da Academia Brasileira de Letras (2010) – ABL; Prêmio Érico Vanucci Mendes – CNPq; Prêmio para a Promoção da Tolerância e da Não Violência – UNESCO, Prêmio da Fundação Bunge pelo conjunto de sua obra e atuação cultural, em 2018 Em 2021 foi condecorado pela OAB/SP como personalidade literária, entre outros. Muitos de seus livros receberam selo Altamente Recomendável da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil – FNLIJ. Ativista engajado no Movimento Indígena Brasileiro, reside em Lorena, interior de São Paulo, desde 1987. Cidade onde é Diretor-Presidente do Instituto Uka e do selo Uka Editorial. Também é membro-fundador da Academia de Letras de Lorena. Foi cofundador da primeira livraria online especializada em livros de autores indígenas e promove há 20 anos, o Encontro de Escritores e Artistas Indígenas no Rio de Janeiro em parceria com a FNLIJ. Em 2021 concorreu à Cadeira 12 da Academia Brasileira de Letras. Em 2022 venceu o prêmio Empreendedor Social do Governo do Estado de São Paulo. Em 2023 recebeu o prêmio Mestres da Periferia, no Rio de Janeiro. Em 2023/24 atuou na novela da 21 horas da rede Globo interpretando o pajé Jurecê em Terra e Paixão.
Shirlene Paixão
Diretora e criadora de conteúdo. Nos últimos anos se destacou na TV e no streaming com obras fortemente ligadas a narrativas que buscam ressignificar imaginários e dar luz a temas com responsabilidade social. Em 2022, estreou na TV aberta com o programa de entretenimento, “Samba Coração” na Band TV. No streaming, em 2021 estreou na globoplay a série “Por uma Educação Antirracista” e desde 2020 dirige no canal GNT, “Sexta Black” um programa de talk show semanal.
Diretora da nova geração, tem em sua trajetória acadêmica e carreira a multidisciplinaridade que é um dos seus principais diferenciais. Formada pela escola de Teatro Martins Penna e Bacharel em Dança pela UFRJ, desde 2009, em paralelo ao trabalho com companhias de dança e teatro, desenvolve na área de direção obras contemporâneas que interagem com diferentes linguagens artísticas.
Caio Coimbra
Para alguém que inicialmente desejava estudar medicina, as artes e a comunicação pareciam áreas que não exigiam tanto comprometimento. E percebeu que, para quem se dedica de verdade, o comprometimento não está relacionado à área de atuação, mas sim à atitude profissional.
Do primeiro curta-metragem O Menino e a Bola até a agência ApplyBrasil, na qual mobiliza milhões de pessoas por meio de campanhas que combatem as emergências climáticas, Caio percorreu muitos caminhos.
Estrategista, redator, consultor e executor, aprendeu produzindo, sabia que as ideias precisam sair do papel e se comprometeu a traduzi-las em resultados tangíveis e iniciativas criativas para organizações. Esteve na linha de frente de algumas das marcas mais icônicas do Brasil nos setores de consumo, varejo, mídia e entretenimento, como Globo, Abril, MTV e National Geographic.
Ele acredita no poder da narrativa, no apelo visual e na palavra, bem como no impacto positivo que podemos causar valorizando as diferenças ao nosso redor e ao criar histórias fortes, que emocionam e divertem as pessoas com as quais queremos nos conectar.
Ana Rieper
Carioca, formada em Geografia pela Universidade Federal Fluminense, onde também cursou Comunicação Social – Cinema, e tem mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal de Sergipe. Atua como documentarista desde 1997. Entre seus principais trabalhos estão o filme Vou Rifar meu Coração, que participou de mais de 40 festivais brasileiros e internacionais; o longa metragem Clementina, sobre a cantora Clementina de Jesus; o média metragem original da plataforma Fifa Plus Sissi, sobre a jogadora de futebol brasileira icônica; as séries Natureza Feminina, sobre ecologia e gênero, e Vou Rifar meu Coração – série; além dos curtas Mataram meu Gato, Veluda e Saara. Lançou recentemente o documentário Nada Será Como Antes – a música do Clube da Esquina e finaliza o longa Paraíso, documentário sobre as heranças da condição colonial no Brasil contemporâneo, e uma série documental sobre música Sertaneja. Está desenvolvendo, como diretora e roteirista, a minissérie “Novela Trezoitão”.
Júri Imprensa
Vinícius Sassini
Repórter especial da Folha de São Paulo, correspondente na Amazônia, com base em Manaus. Antes, atuou na sucursal em Brasília. Está na Folha desde 2020. É repórter há 21 anos, com passagem por O Globo, Época, Correio Braziliense e O Popular. Em Brasília, atuou por 12 anos.
É formado em Jornalismo pela UFG, em Economia pela PUC-GO e pós-graduado em Teoria e Prática em Documentário Criativo pela UAB (Universidade Autônoma de Barcelona).
Venceu 30 prêmios de jornalismo, sendo dois Prêmios Esso e quatro internacionais: Prêmio Rei da Espanha (categoria Imprensa), Prêmio GDA (Reportagem de Investigação), Prêmio Roche de Jornalismo em Saúde (Escrito) e Prêmio SIP de Excelência Jornalística (Direitos Humanos, menção honrosa).
Na Folha, publicou as seguintes séries de reportagens, com apuração in loco na região amazônica: “Nem um centímetro demarcado”, produzida após apuração em sete terras indígenas; “Yanomamis explorados na piaçaba”, no médio rio Negro; “Cerco às aldeias”, com presença nas terras Yanomami, Kayapó, Mundurucu e Sararé; e “Marajó profundo”.
No campo dos documentários, dirigiu “Escape” (2018), “Exu matou um pássaro” (2020) e “Custódia” (2021). Os filmes passaram por 25 festivais e receberam cinco prêmios. “Escape” foi exposto no Museu de Arte Contemporânea de Barcelona (Macba).
Tiago Coelho
É repórter da Revista Piauí e roteirista de cinema. Formado em Comunicação pela PUC-Rio foi roteirista do curta-metragem Chico, premiado no Festival de Brasília e um dos roteiristas do longa-metragem Madalena, selecionado para a mostra competitiva do 50º Festival Internacional de Roterdã.
Pollyana Cicatelli
Graduada em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), com especialização em Comunicação Organizacional e Cultura, Arte e Entretenimento, Pollyana atualmente desempenha o papel de editora de cultura e entretenimento no prestigiado portal de notícias Mais Goiás, além de atuar como assessora de comunicação.
Sua experiência profissional inclui participação na linha de frente da renomada mostra de cinema “O Amor, a Morte e as Paixões”, bem como a produção do curta-metragem experimental “AI Ambiental” para o Go Film Festival 2024.
Na esfera cinematográfica, Pollyana trilha sua jornada como roteirista, já tendo escrito um curta-metragem e uma série, ambos no gênero de animação. Atualmente, está em processo de transformar a escrita em material audiovisual, dando vida às suas narrativas. Entre seus projetos, destaca-se uma história que aborda o empenho de um grupo de amigos na busca pela preservação do planeta, através de iniciativas sustentáveis e ações de proteção ambiental.
Além de seu trabalho no campo audiovisual, Pollyana nutre uma paixão por filmes de época, romances e tramas de investigação criminal. Seu profundo respeito pela diversidade cultural se reflete em sua abordagem a todas as formas de expressão artística ao redor do mundo.
Júri Jovem
Mateus Santos
Graduando em Cinema e Audiovisual pela Universidade Estadual de Goiás, Mateus é apaixonado pela criação de histórias e construção de narrativas. Com mais de 5 anos de atuação na área do audiovisual, acumula experiências nas funções de direção, produção, roteirização, montagem e crítica. Os projetos nos quais atuou já foram reconhecidos em festivais goianos e internacionais. Atualmente, tem como foco a pós-produção, atuando na montagem e edição de som de filmes de ficção, experimentais e documentais, além de atuar na produção de projetos independentes.
Júlia F. Cândida
Júlia é uma cineasta transgênero e estudante de audiovisual na Cidade de Goiás. Recentemente dirigiu, escreveu e editou o curta-metragem “Sagrada Travesti do Evangelho” (2024). Já cumpriu funções em projetos como diretora de fotografia no curta-metragem “Por Que Não Eu?” (2020) e o curta-metragem “SOnhoS” (2023) e também foi escritora do ensaio literário “The Euphoria that lies in Revolt: Loving Myself while Living in Brazil” publicado no livro “Gender Euphoria: Stories of Joy from Trans, Non Binary and Intersex Writers” (2020).
Hartman Ortiz
É graduando no curso de Direção de Artes da UFG em busca de oportunidades para criar e produzir narrativas relevantes ao cenário cultural goiano, que sejam capazes de explorar questões socio-políticas atuais no Brasil e no mundo, e gerar debates significativos por meio do cinema. Está em seu penúltimo período da graduação em Direção de Arte e sua pesquisa está voltada para a construção de Formas Animadas no Teatro. Também atua como Cineasta e Roteirista.
Júri Fiocruz
Heverton Campos de Oliveira
Graduado em Cinema, mestre em Ciências da Comunicação e doutor em Cinema e Audiovisual. É assessor técnico da Direção da Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz, onde atua nas áreas do Patrimônio Cultural, da Divulgação Científica e da Produção Audiovisual. Participou da criação da série de animação “Ciência em Gotas” sobre cientistas brasileiros e da série documental “Mestres e Ofícios” sobre mestres da construção tradicional brasileira. Também foi curador da Mostra de Filmes “Memória em Movimento”.
Márcia Cristina Fixel
Cineasta e Videoartista. Designer e Trainer para Sustentabilidade pelo programa Gaia Education/Brasil (Key Partner of UNESCO Global Action Programme on Education for Sustainable Development); com Treinamento no projeto Cidades em Transição (Transition Towns/Brasil). Graduada em Comunicação Social, com ênfase em Cinema (UFF). Bacharelado em Artes Cênicas e Licenciatura em Educação Artística (UNIRIO). Inicia carreira de cineasta como roteirista e diretora do curta metragem “Cena de Metrô”, exibido na seção Première Brasil da IX Mostra Internacional do Filme (Mostra Rio, 1997) e do I Festival Internacional de Cinema da Amazônia (1998). Produz e exibe obras de videoartes em espaços diversos como a Exposição Futuro Compartilhado, com a temática da sustentabilidade ambiental (Centro Cultural Correios, Rio de Janeiro, 2023), a Mostra Poesia Cinética de Cinema Experimental, exibida na Cinemateca do MAM Rio e estreia na Feira Internacional do Livro de Paraty (2023). Com a videoarte “Caos e Cosmos” participa da Exposição Mulheres à Beira de um Ataque de Artes (CCCRJ, 2023); com a videoarte “In Dimensions” participa da Mostra Poéticas do Tempo (CCCRJ, 2024). Selecionada para a III Bienal de Arte Digital, cuja temática será o S O N (H) O P R O F U N D O (2025).
Marina Fasanelo
Pesquisadora do Núcleo de Ecologias, Epistemologias e Promoção Emancipatória da Saúde (Neepes/Cesteh/ENSP/Fiocruz). Professora Colaboradora da ENSP-Fiocruz. Doutorado em Ciências no ICICT-Fiocruz. Estágio Doutoral no Centro de estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Bolsista FAPERJ NOTA10. Mestre em Cinema e Educação na UFRJ. Realizou o projeto “A escola vai à Cinemateca do MAM” numa parceria da FE-UFRJ com o MAM envolvendo escolas públicas do município do Rio de Janeiro. Possui graduação em Jornalismo pela UGF e em Pedagogia pela UERJ. Arte-educadora com especialização pedagogia Waldorf. Membro fundador da Escola Granada (Centro de pesquisa, estudos e publicação de livros da literatura oral), onde participou do desenvolvimento da proposta pedagógica Aprendendo com Histórias e agora trabalha na sua difusão. Interesses de pesquisa: desenvolver conhecimentos interdisciplinares, metodologias sensíveis e diálogos interculturais por meio de diversas linguagens (científicas, artísticas e populares). Linguagens que apoiem lutas sociais por saúde, dignidade e direitos territoriais das populações excluídas das cidades, campos, florestas e águas, relacionados às abordagens pós-coloniais, em especial as epistemologias do Sul.
Marcelo Firpo
Possui graduação em Engenharia de Produção pela UFRJ (1984) e em Psicologia pela UERJ (1991), mestrado e doutorado em Engenharia de Produção pela COPPE/UFRJ (1994), com doutorado sandwich (1992-1993) e pós-doutorado (2001-3) em Medicina Social na Universidade de Frankfurt. É pesquisador desde 1986 do Centro de Estudos em Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz. Em 2017 tornou-se investigador associado no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Atua no programa de Saúde Pública (mestrado e doutorado) da ENSP/FIOCRUZ, área de concentração ´Determinação dos Processos Saúde-Doença: Produção/Trabalho, Território e Direitos Humanos`, sendo responsável por dois cursos: ´Saúde Coletiva em diálogo com as Epistemologias do Sul` (em conjunto com o CES/Universidade de Coimbra) e ´Ecologias, Epistemologias, Promoção Emancipatória da Saúde e Justiça Ambiental`. Também participa como professor em diversos cursos de pós-graduação latu sensu e mestrado profissional. Em 2018 criou e atua como coordenador do Núcleo Ecologias, Epistemologias e Promoção Emancipatória da Saúde (Neepes/ENSP/Fiocruz). O principal objetivo do NEEPES é desenvolver conhecimentos interdisciplinares, metodologias colaborativas e diálogos interculturais que apoiem lutas sociais por saúde, dignidade e direitos territoriais das cidades, campos, florestas e águas. A proposta de uma promoção emancipatória da saúde busca articular diversas dimensões de justiça (social, ambiental, sanitária e cognitiva) a partir de três campos do conhecimento: a saúde coletiva, a ecologia política e as abordagens pós-coloniais, em especial as epistemologias do Sul. Ao longo de sua trajetória acadêmica tem publicado vários livros e artigos nesses campos. O Neepes possui dois programas de pesquisa e extensão que fornecem as bases empíricas para o desenvolvimento teórico-metodológico e de práticas sociais: o Mapa de Conflitos Envolvendo Injustiça Ambiental e Saúde no Brasil iniciado em 2008, e o Laboratório Territórios em Movimento (LTM) que atua em territórios de favelas no Rio de Janeiro e foi iniciado em 2003. Um desafio central do NEEPES é reunir razão e afeto para promover ações emancipatórias por meio de metodologias participativas, colaborativas e não extrativistas que estabeleçam pontes entre saberes e linguagens científicas, artísticas e populares.
André Monteiro Costa
Graduação em Engenharia de Minas- Universidade Federal de Pernambuco (1986), Especialista em Engenharia de Saúde Pública/ Fundação Oswaldo Cruz (1990), Mestre em Saúde Pública/ Fundação Oswaldo Cruz (1994), Doutor em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz (2003). Estágio em Saúde e Ambiente/ London School of Hygiene and Tropical Medicine (1999). Atualmente é Pesquisador Titular do Departamento de Saúde Coletiva, do Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, da Fundação Oswaldo Cruz. Coordenou o Laboratório de Saúde, Ambiente e Trabalho-Lasat. Experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase em Saneamento, Saúde Ambiental, Ecologia Política, Justiça Ambiental. Desenvolve pesquisas com abordagens ecossistêmicas dos processos de vulnerabilização de territórios e populações, decorrentes da implantação de projetos neoextrativistas. Povos e comunidades tradicionais, territórios de vida e a água têm centralidade nas pesquisas, no ensino e na cooperação técnica. A área do projeto da transposição do São Francisco e a bacia do rio São Francisco são territórios priioritários de atuação. É membro do colegiado do Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Saúde Pública e do Programa Profissional do IAM/Fiocruz e, do Programa de Pós-Graduação em Saúde e Desenvolvimento Socioambiental/UPE-Campus Garanhuns/PE. E coordenador-adjunto do Grupo de Pesquisa em Saúde Ambiental do CNPq. Membro do Grupo de Trabalhos Águas e Saneamento da Fiocruz, Membro do Grupo de Trabalho sobre Saúde do Campo, Florestas e Águas da Fiocruz e Coordenador do Grupo de Trabalho Saúde & Ambiente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva-Abrasco. É membro do Coletivo Transvergente, composto por professores da UPE, Fiocruz e UFCG, com participação de alunos dessas instituições, em ações de reparação em comunidades vulnerabilizadas pela implantação das obras da transposição do Rio São Francisco, em processos com sindicatos e lideranças comunitárias, visando resgate de sua dignidade.
Mostra Cinema Goiano e Becos da Minha Terra
Ibirá Machado
Formado em geografia pela USP, mas trabalha desde 2009 com cinema, quando começou a atuar como cineclubista e curador de mostras. Em 2011 entrou para a recém-fundada Vitrine Filmes, onde ficou até 2014 e produziu o lançamento de mais de 30 filmes. Em 2017 fundou sua própria empresa de distribuição, a Descoloniza Filmes, priorizando obras dirigidas por mulheres, pessoas pretas, indígenas, LGBTQIA+ e com temáticas de relevância decolonial, com a qual já levou aos cinemas mais de 20 filmes.
Eva Pereira
Roteirista, diretora e produtora audiovisual. Com 25 anos no mercado é considerada uma das mais atuantes profissionais da Região Norte e, rompe fronteiras ao assinar trabalhos para players/canais, como: Disney Plus, Amazon Prime, Globoplay e TV Globo.
Em 2023 foi a única diretora mulher na competitiva de longa ficção do 51° Festival de Cinema de Gramado (RS) com o filme “O Barulho da Noite”, que também esteve na 47ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo e foi selecionado para a Mostra Competitiva da 15 edição do FEStin – Lisboa (2024). Ainda em 2023 – Dirigiu e produziu o episódio “AnaVitória” para a série original da Disney Plus “Minha Música, Minha Terra,” (disponível no catálogo) Em 2022 Dirigiu e produziu o episódio “Glória Groove” para a série da Disney Plus “A La Música Está Servida”, disponível no catálogo. 2022/2023 – Coproduziu e dirigiu a série documental “ELAS POR ELAS E POR NÓS) ( in finalização).
É roteirista e diretora da série documental “O Mistério de Nhemyrõ” disponível Amazon Prime. Assina roteiro e direção do ep.6 do longa “Palmas eu gosto de tu”.
Atualmente se dedica a pré produção do longa ficção “Luziléia – O sertão em meus Olhos” ( direção e roteiro). E em 2025, dirigirá TKAI KRA – Filha da Terra.
Clemilson Farias
Acreano, formado em Produção pela Escola Internacional de Cinema e Televisão de Cuba (EICTV). Trabalhou como produtor executivo da Usina de Arte João Donato do Acre (2007-2010) e como produtor executivo no Escritório Regional Norte da Linha de Produção de Conteúdos Destinados às TVs Públicas – BRDE / FSA / ANCINE em Manaus/AM (2014-2017). Atualmente além das produções audiovisuais que trabalha é um dos coordenadores do MATAPI – Mercado Audiovisual do Norte e da plataforma Tela Amazônia. Também é diretor Diretor Norte da Conexão Audiovisual Centro-Oeste, Norte e Nordeste-CONNE e membro do Conselho Superior de Cinema.
Mostra de Cinema Indígena e Povos Tradicionais
Isabel Casimira
Rainha conga das Guarda de Moçambique e Congo Treze de Maio de Nossa Senhora do Rosário e rainha da Federação dos Congados de Minas Gerais. Pesquisadora e professora, com participação no Programa Transversal em Saberes Tradicionais da Universidade Federal de Minas Gerais. É co-diretora do filme: “A Rainha Nzinga Chegou” (Brasil/Angola, 2018, 74min) vencedor dos prêmios de Melhor Longa Metragem na Mostra de Cinema Negro Adéila Sampaio (Universidade Federal de Brasília, 2019) e Prêmio Especial do Júri no19º Festival Panorama Internacional de Cinema da Bahia, Salvador, 2019, tendo recebido Menção Honrosa no Prêmio Pierre Verger, categoria Filme Etnográfico, em 2018. Seu mais recente trabalho documental é “A Estrela do Oriente visita o Reino Treze de Maio” (co-direção Júnia Torres, Brasil, 2024, 90 min).
Barbara Matias Kariri
Barbara Matias é indígena do Povo Kariri (Aldeia Marrecas, Ceará), artísta da cena, realizadora audiovisual, escritora e curadora. Faz parte da Rede Katahirine – Rede Audiovisual das Mulheres Indígenas e da Coletiva Flecha Lançada Arte. Doutora em Artes -UFMG.
Alberto Alvares
Alberto Alvares é mestre no Programa de Pós-Graduação em Cinema de Audiovisual na Universidade Federal Fluminense. Cineasta indígena da etnia Guarani Nhandewa, nascido na aldeia Porto Lindo, Mato Grosso do Sul, também atua como professor e tradutor de Guarani e ministra curso de formação de cineastas indígenas. Desde sua estreia em 2010, Alberto Guarani realizou mais de 20 documentários, entre eles “Karai ha ‘ egui Kunhã Karai ‘ verdadei ros líderes espirituais” (2014), “O último sonho” (2019) e “Guardião das Memórias” que foi exibido na 21 a Bienal de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil em 2020. Documentário de longa-metragem Yvy pyte – Coração da Terra. Projeto Itaú Cultural/Rumos, 2023. Com seus filmes ganhou prêmios, inclusive no forumdoc, em Belo Horizonte, e no Doclisboa, em Lisboa. 2022, Professor de curso de cinema audiovisual pelo projeto Vidas Indígenas no Maranhão entre povos Ka’apor e Awa Guaja Museu da Pessoa.
Também atuou como um dos autores Falas da Terra Especial (2021), da TV Globo. Direção de documentário longa-metragem 2023 Projeto Financiado Mondes Motyrõ em andamento. Americains — EHESS (França/Paris) Direçãoe de filmagem do Projeto de Itaú Cultural Play em andamento da 3 episódios de série: Futuro da Terra, 2023.