Comissão de Seleção de Filmes

Comissão de Seleção de Filmes

Mostra Internacional Washington Novaes

Thiago Lemos

Natural de Goiânia/GO, 1981, onde vive e trabalha atualmente.
Artista visual, membro integrante do Grupo EmpreZa, produtor e pesquisador na área do audiovisual e comunicação social. Como artista visual desenvolve trabalhos em performance arte, vídeo e fotografia, com investigações sobre a poética do corpo e seus derivados, assim como nos processos coletivos de criação e produção artística e audiovisual. Atua como produtor de audiovisual desde o ano de 2003 e é sócio fundador da produtora Digital5 Tecnologias em Comunicação, onde trabalha com vídeos institucionais, registro de espetáculos, videoclipes, além de desenvolver pesquisas e produções autorais em documentários, videoarte e experimental.

Sérgio de Carvalho

Graduado em Cinema pela Universidade Estácio de Sá, RJ, estabeleceu-se no Estado do Acre logo após a formatura, onde fundou a produtora de audiovisual Saci Filmes. Entre as obras que assina direção e roteiro , destaca-se o premiado longa-metragem “Noites Alienígenas”, grande vencedor do 50º Festival de Gramado e a direção de séries de TV como “Nokun Txai – Nossos Txais”, explorando os povos indígenas do Acre, “O Olhar Que Vem de Dentro”, abordando religiões brasileiras sob a perspectiva infantil, e “Alimentando a Alma”, focando em culinária e espiritualidade. Além disso, dirigiu o longa-metragem documentário “Empate”, sobre os companheiros do líder seringueiro Chico Mendes, e os curta-metragens animados “Awara Nane Putane – Uma História do Cipó” e “Sabá”, este último sobre a defesa da floresta.

É idealizador e diretor artístico do Festival Internacional Pachamama – Cinema de Fronteira desde 2010. Foi produtor do documentário “Bimi, Shu Ikaya”, também premiado em diversos festivais no Brasil e no mundo.

Sandro de Oliveira

Jornalista pela Universidade Federal de Goiás (1991), mestre em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2002) e Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Multimeios pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) com pesquisa na área de atuação experimental no cinema. Coautor do livro Helena Ignez – Atriz experimental, com Pedro Maciel Guimarães, pela Editora da Universidade de Estrasburgo (2019) e Sesc – SP (2021). Docente da Universidade Estadual de Goiás nas disciplinas de História do Cinema, linguagens audiovisuais no curso de Cinema e Audiovisual. É membro da ACCRA (Approches contemporaines de la création et de la réflexion artistiques), Laboratório de Pesquisa sobre Artes e Mídia da Universidade de Estrasburgo, França. Participa de Grupos de Pesquisas CRIA (Centro de Realização e Investigação no Audiovisual – UEG) e o GEAs (Grupo de Estudos do Ator no Audiovisual – Unicamp). Coordeno o Cineclube Laranjeiras, Projeto de Extensão do Curso de Cinema e Audiovisual da UEG.

Mazé Alves

Mestranda em Letras, área de concentração: Literatura e Crítica, pela PUC-GO. Possui especialização em Cinema e Audiovisual pela Universidade Estadual de Goiás (2017) e graduação em Rádio e TV, pela Universidade Federal de Goiás (1991). É funcionária pública estadual, ocupa o cargo de Analista de Comunicação da Agência Brasil Central – Governo de Goiás. Em produção independente para TV, destaque para a direção do programa cultural Suprassumo, de 1997 a 2018. Responsável pela Coordenação do Núcleo de Informação, Cultura e Entretenimento, na agência, também é apresentadora do Programa de Quinta (TV Brasil Central), Cultura em Pauta (RBC FM e Podcast). Em cinema, destaque para direção de produção dos curtas de ficção: Verde maduro e Entre o verão e inverno – Dir. Simone Caetano, dois curtas documentários: O caso Mateucci – Dir. João Batista de Andrade, No meio do nada – Dir. Simone Caetano (prêmio Festival Internacional de Televisão 2015 (Rio de Janeiro) – Mostra Competitiva de piloto VOTO POPULAR), assistente de direção da série Ditadura, passado sombrio – Dir. Jarleo Barbosa, premiada nacionalmente. Atua também na área de Artes Cênicas, recebeu dois prêmios de melhor atriz em Festivais de Teatro do Centro – Oeste. Foi professora de Teatro da Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiás, entre 2003 e 2006. Em 2018, foi agraciada com o título de Comendadora da Ordem do Mérito Anhanguera. É membro do Conselho Estadual de Cultura, desde 2019. Foi júri de imprensa do FICA em 2022. Atualmente apresenta o Programa de Quinta e do Podcast Cultura em pauta, também veiculado na RBC FM/Agência Brasil Central.

Marília Rocha

Diretora e vive em Belo Horizonte, onde integra a produtora Anavilhana. Dirigiu os filmes Aboio (2005), “Acácio” (2008), “A falta que me faz” (2010) e “A cidade onde envelheço” (2016). O conjunto de seus filmes recebeu mostra especial no Festival Visions du Réel, na Suíça, na Semana dos Realizadores do Rio de Janeiro e no Festival de Cine Internacional de Ourense, Espanha.

Louise Botkay

Formada na Escola nacional de cinema da França (FEMIS), realiza seus filmes desde 2003 em países como Haiti, Congo, Níger, Chad, Holanda, França e Brasil. Usando diferentes mídias, como o telefone celular, vídeo e película super-8, 16 e 35 milímetros, revelados artesanalmente. Seus trabalhos foram selecionados e premiados em festivais de cinema, como Festival de Oberhausen, Semana dos Realizadores, Fid Marseille, Festival Kinoforum, Rencontres internacionales Paris Berlin, Fespaco, Festival Janela Internacional de Recife. Expôs seus trabalhos no MAM-RJ, galeria A Gentil Carioca, Christopher Grimes Gallery, Videobrasil, entre outros. Recebeu o prêmio E-flux na competição internacional do festival de Oberhausen 2016. Seu filme VertièresI II III foi eleito um dos dez melhores filmes de 2015 pela revista Artforum na seleção da curadora e teórica Nicole Brenez. Em 2016 recebeu uma sessão retrospectiva na Mostra do Filme Livre, um prêmio pela obra e uma retrospectiva de seus filmes abriram o festival Cachoeira.doc. Em 2018 teve uma sessão Profile com curadoria de Lisette Lagnado no festival internacional de Oberhausen, seu trabalho, Um filme para Ehuana recebeu um prêmio do ministério da cultura do estado da Renânia do Norte-Vestfália – Alemanha.

Fabio Meira

Diretor, roteirista e produtor goiano. “As duas Irenes”, seu primeiro longa estreou no Festival de Berlim e recebeu quatro Kikitos em Gramado, entre eles Melhor Filme pela Crítica e Melhor Roteiro. Foi indicado na categoria de Roteiro do Grande Prêmio de Cinema Brasileiro e ganhou o Guarani de Melhor Roteiro de 2018. Seu segundo longa “Tia Virgínia” recebeu o apoio de desenvolvimento do fundo Ibermedia e de pós-produção do fundo sueco Göteborg Film Fund e estreou no Festival de Gramado de 2023 recebendo seis prêmios, incluindo novamente os kikitos de Melhor Roteiro e Melhor Filme pela Crítica e também o de Melhor Atriz para Vera Holtz, que vive a personagem título. Começou no cinema como assistente de Ruy Guerra em “Veneno da Madrugada” de 2004. Fabio tem especialização em roteiro audiovisual na ESCAC em Barcelona e é Mestre pela Universidade de São Paulo. Foi roteirista do documentário “The Illusion” (2009), premiado na Berlinale e nos Festivais de Chicago e Havana e do longa “De Menor”, de Caru Alves de Souza, Melhor Filme no Festival do Rio de 2013. Trabalhou no roteiro de “Bingo, o rei das manhãs”, de Daniel Rezende, escolhido representante brasileiro para as vagas do Oscar e Goya. Atuou em roteiros para Marcelo Lordello, Sérgio Machado, René Sampaio, Marcelo Gomes e Karim Aïnouz. Entre curtas e médias, Fabio Meira realizou nove filmes. Recebeu prêmio de Melhor Curta Documentário pela ABD no É Tudo Verdade de 2010 com “Hoje tem alegria”, destaque também para “Pátria” de 2013, na programação da ESPN Brasil, e para a ficção em 35 mm “Atlântico”, de 2009, Melhor Curta no Festival de Toulouse.

Mostra Cinema Goiano e Becos da Minha Terra de Filmes Vilaboenses

Mariana Pinheiro

Formada em Comunicação Social, atua no setor audiovisual desde 2001, quando começou na produção de mostras e festivais de cinema, como Festival do Rio, É Tudo Verdade, Anima Mundi, seguindo para a curadoria. Atuou como pesquisadora e foi assistente de direção da minissérie “Hoje É Dia de Maria” (TV Globo), do longa “Girimunho” e de curtas documentários. Trabalhou como headhunter na Pesquisa de Autores e Diretores da TV Globo por 4 anos. Em 2016 fundou a produtora Lajota Criativa e passou a se dedicar ao roteiro. Escreveu a série “Novela” (Amazon Prime), o podcast “A Nova Doença dos Brancos” para o Museu Etnográfico de Berlim e foi roteirista-colaboradora do longa “Canção ao Longe”, entre outros trabalhos.

Anna Carolina Faria Lírio – Carolina Lyrio

Curadora, Jurada e Produtora de Festivais, Mostras, Eventos e obras audiovisuais. Produtora de TV, Cinema e Audiovisual, Executiva com 25 anos de experiência no setor, especializada e pós-graduada em Master of Business Administration – Film & Television pela Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro, Jornalista, Bacharel em Comunicação Social e outros títulos acadêmicos.

Entre os principais trabalhos realizados estão as produções das séries “A Grande Família”, “Por Toda Minha Vida” (Série 4 vezes indicada ao EMMY Internacional e vencedora do prêmio APCA da Associação Paulista de Críticos de Arte), Novelas, Séries, Jornalísticos, entre outros da REDE GLOBO, canais de TV a cabo (Multishow/ Globosat) e abertos de televisão (Bandeirantes e Rede TV). Produção do longa-metragem “Getúlio”, de João Jardim (14 indicações no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro), Produção de Filmes e Distribuição de Longa Metragens para o mercado de Cinema, Televisão, Streaming, VoD, Home Video E-commerce e Festivais. Produção da Mostra Premiere Brasil do Rio
International Film Festival /Festival do Rio, maior festival de cinema da América Latina, Curadora da Mostra Competitiva de Longa-Metragem do Festival de Cinema de Triunfo – PE, Jurada da Mostra de Cinema do Festival MOV, entre outros.

Antônio Balbino

Negro, periférico (Brazlândia/DF), ativista dos Direitos Humanos, militante das causas LGBTQIA+ e Raciais.
Realizador premiado, atuante nas áreas de roteiro, montagem, produção e realizações de projetos de audiovisual. Cineclubista e Coordenador de Festivais / Mostras de Cinema. Curador de audiovisuais.
Cronista / contista em páginas de eletrônicas “nas horas ocupadas”.
Educador Popular de Cinema. Realiza trabalhos com alunos e professores no campo do cinema-educação.

Mostra de Cinema Indígena e de Povos Tradicionais

Glicéria Tupinambá

Também conhecida como Célia Tupinambá, nasceu e se criou na Serra do Padeiro, na Terra Indígena Tupinambá de Olivença, Bahia. Está fazendo mestrado no Programa de Pós Graduação em Antropologia Social pela UFRJ.

Em 2006, depois de o povo Tupinambá retomar suas terras na Serra do Padeiro, Célia decidiu fazer o primeiro Manto Tupinambá, para agradecer os Encantados. A confecção dos mantos está literalmente costurada à história do território, seu cotidiano, sua memória – inclusive a que se faz agora, em 2023.

A luta pela terra. A pesquisa de registros de viajantes, religiosos, pintores dos séculos XVI e XVII; a conversa com o Manto Tupinambá guardado na reserva do Museu Quai du Branly (França); o aprendizado dos pontos de jereré da tia e da madrinha; a escuta dos mais velhos. Rituais para os habitantes não-humanos da Serra do Padeiro. A pesquisa sobre os mantos ancestrais em museus da Europa. A recuperação do território, com a preservação das matas e a volta dos animais, aves, insetos. Os sonhos de Célia e os sonhados pelos parentes. Tudo isso conforma os mantos.

Em 2021 o manto protagonizou a exposição Kwá yapé turusú yuriri assojaba tupinambá | Essa é a grande volta do manto tupinambá, na Funarte Brasília. Mais recentemente, Célia foi vencedora da 10ª edição da Bolsa de Fotografia ZUM/IMS com o projeto Nós somos pássaros que andam. A obra, realizada em diálogo com Mariana Lacerda e Patrícia Cornils, participa da exposição Entre nós: dez anos de Bolsa ZUM/IMS.