Nachtergaele estará acompanhado de Eduardo Escorel, diretor do filme “Antonio Candido, Anotações Finais”. Aberto ao público, encontro acontece no sábado (15/06), às 10h30, no Cine Teatro São Joaquim
O ator, diretor e autor brasileiro Matheus Nachtergaele estará presente na 25ª edição do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica), que acontece na Cidade de Goiás entre os dias 11 e 16 de junho. O intérprete participará da conferência de cinema “Antonio Candido”: Brasil Narrado, Narrações do Brasil”, no sábado, (15/06), às 10h30, no Cine Teatro São Joaquim.
Nachtergaele estará acompanhado ainda de Eduardo Escorel, cineasta e diretor do filme “Antonio Candido, Anotações Finais”, que compõe a mostra especial de filmes do festival, e para o qual o ator fez a narração.
A conferência de cinema é uma das atividades que compõem a programação do festival. Aberta ao público e sem necessidade de pré-inscrição, diretores e atores falam sobre a produção do filme, processos criativos de suas obras e de cinema em geral. Os participantes podem interagir fazendo perguntas e comentários.
Na edição anterior, o filme “A Flor do Buriti”, longa do português João Salaviza e da brasileira Renée Nader Messora, foi premiado no renomado Festival de Cinema de Cannes e lançado no Fica. Também, no ano passado, a conferência contou com a participação de Aílton Krenak e com a exibição do filme “Adeus, Capitão”, do diretor Vincent Carelli.
Matheus Nachtergaele
Matheus Nachtergaele é um ator, diretor e autor brasileiro. Considerado um dos atores mais versáteis de sua geração, é ganhador de diversos prêmios e indicações em festivais de cinema, como Troféu APCA, Prêmio Shell, Prêmio Guarani, Festival de Gramado, Los Angeles Brazilian Film Festival, além de duas indicações no Festival de Cannes.
Nos cinemas, iniciou a carreira artística no final da década de 1990, destacando-se em O Que É Isso, Companheiro? (1997), Kenoma (1998) e Central do Brasil (1998), até interpretar o protagonista João Grilo na minissérie O Auto da Compadecida (1999), que posteriormente fora transformada em filme e relançada em 2000, conquistando prêmios e elogios por parte da crítica e do próprio autor da obra Ariano Suassuna.
Posteriormente, voltou a se destacar em Cidade de Deus (2002), Amarelo Manga (2002), A Concepção (2005), Tapete Vermelho (2006), O Bem Amado (2010), Febre do Rato (2011), Serra Pelada (2013), Trinta (2014) e Cabras da Peste (2021).
Em 2008, estreou como cineasta, dirigindo seu primeiro longa-metragem, A Festa da Menina Morta, que ganhou dois Prêmios APCA.
Eduardo Escorel
Eduardo Escorel dirigiu, entre outros, Antonio Candido, Anotações finais, 1968 – Um ano na vida (2023), SARS-CoV-2 / O Tempo da Pandemia (2021, co-direção de Lauro Escorel), 1937 – 45 Imagens do Estado Novo (2015) e Paulo Moura – Alma brasileira (2013).
Realizou seu primeiro documentário – Bethânia Bem de Perto – como fotógrafo, codiretor e montador, em 1966, seguido de Visão de Juazeiro, em 1970. Dirigiu Lição de Amor, seu primeiro longa-metragem de ficção, em 1975, seguido de Ato de Violência, em 1979 e O Cavalinho Azul, em 1984.
Montou, entre outros, Terra em Transe (1967), Macunaíma (1969), Cabra Marcado para Morrer (1984), Santiago (com Letícia Serpa, 2006) e No Intenso Agora (com Laís Lifschitz, 2016). Publicou Adivinhadores de Água, editado pela Cosac Naify, em 2005.
Escreve coluna no site da revista Piauí desde 2009.
Sinopse de Antonio Candido, Anotações Finais
87′, dcp, p&b/colorido, 2024
Diretor: Eduardo Escorel
Quando morreu, aos 98 anos, Antonio Candido deixou 74 cadernos inéditos. Baseado nos dois últimos, o filme se debruça sobre textos escritos entre 2015 e 2017. Os sinais de fragilidade física, notícias de jornal, preferências literárias, musicais e cinematográficas, evocações dos antepassados, menções à infância no sudoeste de Minas e lembranças de Gilda de Mello e Souza são temas recorrentes.
Evento multicultural
O Fica 2024 conta com uma vasta programação gratuita, com mostras competitivas, debates com grandes nomes do cinema nacional e internacional, atividades de cunho ambiental e atrações culturais.
O festival conta com apoio do programa Goiás Social; das secretarias de Estado da Retomada; de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti); e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad); Saneago; Universidade Estadual de Goiás (UEG), Instituto Federal de Goiás (IFG); Serviço Social do Comércio (Sesc) e Prefeitura da cidade de Goiás. Este ano o evento também tem como apoiadores a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o Museu Nacional dos Povos Indígenas/Funai, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Grupo Kelldrin e Saga BYD.